Por Orozimbo Souza Júnior
Não deu para o Grêmio. Como era previsto, o time do Olímpico precisaria operar mais um milagre para reverter o placar elástico da primeira partida da final da competição sul-americana. Jogando contra um time “copeiro”, as coisas tornam-se mais difíceis ainda.
Impressionante como os argentinos souberam “cozinhar” a equipe brasileira, fazendo o tempo correr sem sofrer uma pressão muito grande. Mais do que isso, o Boca arquitetava contra-ataques perigosíssimos. Estava escrito que em algum momento poderia fazer o gol. Saíram dois, que poderiam ser mais, não fosse o fato de que até hoje Palermo não aprendeu a bater pênaltis. Menos mal para eles que, àquela altura, tinham uma vantagem de cinco gols.
Certa vez, em Avellaneda, Telê Santana, dirigindo o São Paulo contra o Independiente, após desclassificar a equipe argentina por uma competição sul-americana, disse ao final do jogo para jornalistas locais: “vocês sabem jogar futebol. Se só se preocupassem em jogar, e esquecessem de dar pancadas, certamente, seriam muito mais bem sucedidos”. Parece que os argentinos ouviram o mestre.
Já faz um bom tempo que não vejo nossos “hermanos” darem pancadas. Ao contrário, estão se preocupando em jogar e formarem jogadores talentosos. Prova disso é o craque Riquelme, melhor jogador da Libertadores 2007 e um dos poucos no futebol mundial que têm o poder de desequilibrar. Mas o mérito dos “xeneize” não deve ficar restrito a ele. Há outros talentosos na equipe, como Palácio e Banega. Não nos esqueçamos de Palermo, que não é um exímio habilidoso, mas que, como centro-avante, inferniza qualquer defesa e sabe abrir espaços para os companheiros. Contudo, a catimba -milonga- continua sendo marcante no jogo deles.
Quanto ao Grêmio
Apesar de ser amplamente dominado nas duas partidas da decisão, não podemos esquecer de dar os parabéns ao time de Mano Menezes. Há pouco mais de um ano e meio, os gaúchos sofriam na Série B do Brasileiro. Ontem, já estavam decidindo a principal competição do continente.
Esse grande exemplo de volta por cima em tão curto espaço deve ser copiado, tomara que aconteça, pelos chamados grandes do nosso futebol.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
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