quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Dunga nos passos do Parreira?

Por Orozimbo Souza Júnior

Tudo bem que foi apenas o sétimo jogo sob seu comando. O treinador ainda busca o melhor figurino para o time. Mas duas atitudes do capitão do tetra nos remeteram a um passado não muito distante, e que os brasileiros fazem de tudo para esquecer: a pífia apresentação da Seleção na Copa da Alemanha 2006.

Assim como Parreira, que escalou na copa Emerson e Gilberto Silva, Dunga escalou, contra Portugal, no meio-campo, dois jogadores com as mesmas características: Gilberto Silva e Edmílson. Os dois volantes, ao lado de Elano, praticamente liquidaram as possibilidades de criação do meio.

Mas no ataque foi aonde Dunga mais chegou perto do Parreira. No segundo tempo, o treinador tirou Rafael Sóbis e colocou Adriano, ao lado de Fred, reeditando a maior decepção do Brasil na última Copa, um ataque com dois centroavantes de oficio (Ronaldo e Adriano), que no Mundial foi batizado torres gêmeas. Assim como na Alemanha, o ataque brasileiro ficou inoperante, e a situação melhorou, mas não muito, quando o treinador colocou o meia Diego no lugar de Fred.

Apesar de tudo, ainda houve quem gostou da apresentação do time. O comentarista Falcão disse ter gostado do que viu. Acho que deve ter sido só ele. Como gostar de um time que não finalizou uma vez sequer no segundo tempo?

É começo de trabalho, mas é bom o técnico não deslizar porque este ano tem Copa América e começam as Eliminatórias. Qualquer escorregão poderá ser fatal.