sábado, 17 de março de 2007

Copas e Copas

Por Frederico Jota

Assistindo na quinta-feira ao jogo entre Shakthar e Sevilla, pela Copa da Uefa, me veio mais uma vez à cabeça a incrível incapacidade da Conmebol de fazer um campeonato atraente além da Libertadores. Em tempo, o jogo entre os ucranianos e os espanhóis foi decidido só na prorrogação, etapa do jogo que foi motivada por um gol de goleiro no último minuto da etapa regulamentar. O Sevilla venceu por 3 a 2, se classificou e protagonizou um dos melhores jogos do ano até agora.

A Copa do Uefa foi extramemente desprestigiada pela União Européia de Futebol, que coloca nela os renegados da Champions League e vários clubes de países com menor expressão, além dos menos favorecidos de países tradicionais. Mas, mesmo assim, com cotas atraentes e com várias equipes de bom nível, fazem um segundo torneio continental de ótimo nível, em evidência por ser jogado simultaneamente à Champions League.

Por aqui, fazem o possível para tornar a Sul-Americana um verdadeiro traste. Cotas pífias, times de baixo nível e disputada perdida no segundo semestre, longe dos holofotes da Libertadores. Apesar disso, acho que quem a disputa deve encarar com todas as forças - vale lembrar que o Boca, bicampeão da Sul-Americana, ressurgiu das trevas com as conquistas, apoiado pela sua torcida. O mesmo aconteceu com o Cruzeiro, no início da década de 90, quando andava em baixa e se recolocou no cenário graças às conquistas da Supercopa.

Passou da hora de se repensar esse torneio. As duas competições (Uefa e Sul-Americana) têm algo em comum, que é não dar ao seu vencedor um prêmio maior - uma vaga, por exemplo, na Libertadores e na Champions League do ano seguinte. Enquanto isso, com uma organização melhor, os europeus fazem por onde valer a Copa da Uefa, mesmo com ucranianos, russos, búlgaros e afins...