Por Frederico Jota
Nada mais ridículo do que a discussão sobre onde o Democrata de Governador Valadares vai mandar seu jogo na semifinal do Campeonato Mineiro. O torneio em si é uma bobagem só, e essa onda toda só reflete a fragilidade dele. Dos 12 times, apenas Atlético, Cruzeiro, Tupi, Ipatinga e Democrata-SL poderiam abrigar em casa um dos jogos semifinais - isso, levando em conta o fato de que a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, um dos estádios mais novos do estado, não possui sequer iluminação. Se a semifinal fosse à noite... Nem mesmo o América poderia mandar um jogo no Independência, já que o laudo recente sobre o estádio atesta que lá não cabem, com segurança, mais do que 11 mil pessoas.
Obviamente, todo mundo sabia disso (que o local dos jogos das semifinais deveriam ser jogados em estádios que abrigassem 15 mil pessoas). Assinaram o regulamento, então não tem nem choro nem vela.
Claro que isso evidencia o fato de que o Campeonato Mineiro não existe, que os times do interior estão cada vez piores, com menos condições, que esse torneio não traz qualquer benefício para os grandes clubes, pois não há retorno técnico, não há retorno financeiro, não há nada. Nem para laboratório isso serve, afinal o nível técnico abaixo da crítica não permite que ninguém se prepare decentemente para campeonatos que realmente valem.
Campos ruins, sem condições de receber clubes, imprensa, etc. - coisas que poderiam ser atestadas antes de o campeonato começar, obviamente. Um estádio é do lado de um rio e alaga nas chuvas, outro tem poucos chuveiros, outros não têm iluminação, times formados em cima da hora, de aluguel, times de três meses. Sem falar nos públicos bisonhos, de pelada. E, para completar, as federações ganham força da CBF, que amplia o espaço desse péssimo torneio no calendário.
E, para fechar com chave de ouro, uma semifinal com dois jogos no mesmo lugar, com um time parceiro do outro mandando o jogo que era de seu mando na casa da matriz. Falar que o Campeonato Mineiro é equilibrado, que as equipes do interior cresceram, melhoraram, etc., é simplesmente grotesco. Quem fala isso não consegue enxergar que o futebol mineiro em especial caminha a passos largos.... de caranguejo.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
O melhor do mundo
Por Frederico Jota
Nunca levei muito em conta as eleições da Fifa para o prêmio de melhor do mundo, pois acho que essa denominação está acima de uma reles eleição. E, aproveitando o ensejo, me arrisco a dizer que ninguém no futebol atual joga mais que o português Cristiano Ronaldo - ele hoje é o melhor do mundo, independentemente de Fifa, Uefa, os escambau. Não estou indo na onda de quem acabou de ver o passeio do Manchester United, que fez 7 a 1 na Roma em plena quarta-de-final da Liga dos Campeões da Europa. Estou me baseando nas últimas atuações do jogador, seja pelo Manchester, seja pela Seleção Portuguesa.
Apesar da máscara e das firulas, Cristiano Ronaldo é um jogador objetivo e que atua pela equipe. Toma muita pancada, mas ao invés de rolar no chão e reclamar até se esgoelar, levanta e sai para o jogo. Além disso, brinda os companheiros com assistências e mais assistências e faz gols atrás de gols. Se não bastasse, taticamente é bem ciente de sua importância, buscando jogo na defesa, marcando em cobranças de escanteio, etc.
Posso até queimar minha língua e Cristiano Ronaldo não produzir mais nada até o resto do ano ou pelo resto da carreira. Mas, na temporada européia atual, o português anda sobrando. Reflexo de seus tempos no melhor futebol europeu, o inglês (não os atletas ingleses em si, mas o conjunto da obra, dos campeonatos, clubes, etc., papo que merece ainda ser mais detalhado em próximas colunas).
Nunca levei muito em conta as eleições da Fifa para o prêmio de melhor do mundo, pois acho que essa denominação está acima de uma reles eleição. E, aproveitando o ensejo, me arrisco a dizer que ninguém no futebol atual joga mais que o português Cristiano Ronaldo - ele hoje é o melhor do mundo, independentemente de Fifa, Uefa, os escambau. Não estou indo na onda de quem acabou de ver o passeio do Manchester United, que fez 7 a 1 na Roma em plena quarta-de-final da Liga dos Campeões da Europa. Estou me baseando nas últimas atuações do jogador, seja pelo Manchester, seja pela Seleção Portuguesa.
Apesar da máscara e das firulas, Cristiano Ronaldo é um jogador objetivo e que atua pela equipe. Toma muita pancada, mas ao invés de rolar no chão e reclamar até se esgoelar, levanta e sai para o jogo. Além disso, brinda os companheiros com assistências e mais assistências e faz gols atrás de gols. Se não bastasse, taticamente é bem ciente de sua importância, buscando jogo na defesa, marcando em cobranças de escanteio, etc.
Posso até queimar minha língua e Cristiano Ronaldo não produzir mais nada até o resto do ano ou pelo resto da carreira. Mas, na temporada européia atual, o português anda sobrando. Reflexo de seus tempos no melhor futebol europeu, o inglês (não os atletas ingleses em si, mas o conjunto da obra, dos campeonatos, clubes, etc., papo que merece ainda ser mais detalhado em próximas colunas).
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