Por Orozimbo Souza Júnior
Há exatos sete anos, uma onda de otimismo tomou conta dos amantes da Fórmula 1, entre eles, eu, claro. Após um longo período em que nós, brasileiros, tivemos apenas coadjuvantes na disputa, depois que Senna nos deixou, Rubens Barrichello estreava em uma equipe de ponta, a Ferrari, e reacendia a esperança de ouvirmos, nas manhãs de domingo, o famoso “Tema da Vitória”.
Em seis temporadas, a musiquinha até tocou, mas foram poucas vezes, bem aquém do esperado. Rubinho, que na sua passagem pela Ferrari foi apelidado de “pé de chinelo”, conviveu com quebras no carro, erros de manobras e estratégias, falta de sorte, submissão a Michael Schummacher, primeiro piloto absoluto, e por aí vai... “Conspirou” também para o fracasso do brasileiro a preferência da equipe italiana pelo piloto alemão. Da sua passagem pela Ferrari, Rubinho só não pode reclamar do altíssimo salário que recebeu.
No ano passado, já com Barrichello longe da escuderia, outro brasileiro assumiu o posto de número dois na equipe. Felipe Massa, que fora piloto de teste e sempre muito elogiado por seu arrojo ao volante, tinha, além da motivação de pilotar um carro competitivo, a iminente aposentadoria de Schummi como perspectiva para um salto em sua carreira. Massa venceu dois grandes prêmios em 2006, inclusive o último, no Brasil. O que já era uma esperança tornou-se probabilidade mais concreta com o “tão esperado” anúncio da aposentadoria de Schummacher, que trouxe a possibilidade de títulos, não apenas de uma vitória aqui e acolá.
Para o lugar do alemão, os ferraristas receberam o jovem e talentoso finlandês Kimi Raikkonen, além de ouvir dos diretores que, entre o novato e Massa, não haveria primeiro piloto. Logo, os dois estariam em condições iguais, com vantagem para o brasileiro, que está há mais tempo no time. Novamente, os apaixonados por Fórmula 1, como eu, voltaram a ficar entusiasmados, sem ter problemas em acordar de madrugada para assistir corrida na Austrália e na Malásia. Mas, até agora, parece que a “maldição” (bate na madeira) vai continuar.
Nas duas primeiras provas da temporada, Massa reviveu Rubinho. Na estréia, teve problemas mecânicos no treino e acabou largando em último. Na corrida, foi muito bem, mas não conseguiu passar de um sexto lugar. E o pior, ainda viu seu colega Raikkonen vencer, logo na primeira vez que se sentou no carro. Neste fim de semana, a sorte parecia virar, quando o brasileiro foi soberano em todas as seções de treinos até conseguir a pole position. Mas a dura realidade voltou antes da primeira curva da corrida, quando ele foi ultrapassado de uma vez pelas duas Mc Larens. Tentado se recuperar, cometeu um erro, saiu da pista, caiu para o quinto lugar e lá ficou até a bandeirada final.
Consciente e muito franco, Felipe Massa já declarou que, caso não vença a próxima corrida, neste fim de semana no Bahrein, deverá se contentar em ser o número dois. Francamente, acho que Massa terá desempenho bem melhor que Barrichello na Ferrari. Acredito que os incidentes ocorridos neste início de temporada foram casuais, e a recuperação deverá vir já no fim de semana. Mesmo porque, ninguém agüenta mais ouvir desculpas para fracassos brasileiros na competição, como aconteceu nos últimos 13 anos.
segunda-feira, 9 de abril de 2007
As maiores decepções do Estadual 2007
Por Orozimbo Souza Júnior
Esperava mais de três equipes que encerraram suas participações na rodada de ontem do Campeonato Mineiro. Na seguinte ordem, foram essas as decepções:
O maior fracasso é do América. A equipe, que teve três treinadores em onze rodadas, foi rebaixada com apenas uma vitória e dois empates, contra oito derrotas. Pior do que isso, o Coelho não terá direito de disputar a Série C do Brasileirão pelos dois próximos anos. Uma pena.
Mesmo estando bem na Copa do Brasil, tendo eliminado heroicamente o Palmeiras no Parque Antártica, o Ipatinga é a segunda maior decepção do Estadual. Com cinco vitórias e sete derrotas, o Tigre, que esteve nas finais de 2005 e 2006, chegou à última rodada com possibilidade, ainda que pequena, de ser rebaixado. A equipe também teve três treinadores na disputa. Tomara que o time continue se acertando na Copa e Brasil e, sobretudo, que tenha uma boa preparação para a Série B do Brasileiro.
A outra decepção é a Caldense. Tudo bem que a Veterana não podia ser apontada como favorita, mas ser rebaixada foi um duro baque para uma das equipes de melhor estrutura no interior de Minas e, por que não, uma surpresa.
Esperava mais de três equipes que encerraram suas participações na rodada de ontem do Campeonato Mineiro. Na seguinte ordem, foram essas as decepções:
O maior fracasso é do América. A equipe, que teve três treinadores em onze rodadas, foi rebaixada com apenas uma vitória e dois empates, contra oito derrotas. Pior do que isso, o Coelho não terá direito de disputar a Série C do Brasileirão pelos dois próximos anos. Uma pena.
Mesmo estando bem na Copa do Brasil, tendo eliminado heroicamente o Palmeiras no Parque Antártica, o Ipatinga é a segunda maior decepção do Estadual. Com cinco vitórias e sete derrotas, o Tigre, que esteve nas finais de 2005 e 2006, chegou à última rodada com possibilidade, ainda que pequena, de ser rebaixado. A equipe também teve três treinadores na disputa. Tomara que o time continue se acertando na Copa e Brasil e, sobretudo, que tenha uma boa preparação para a Série B do Brasileiro.
A outra decepção é a Caldense. Tudo bem que a Veterana não podia ser apontada como favorita, mas ser rebaixada foi um duro baque para uma das equipes de melhor estrutura no interior de Minas e, por que não, uma surpresa.
Primeira fase do Mineiro chega ao fim
Por Orozimbo Souza Júnior
Após onze rodadas, restam, agora, quatro equipes na disputa pelo caneco. Já com a classificação garantida por antecipação, Cruzeiro e Atlético escalaram seus mistos para a última rodada.
No Mineirão, a Raposa não teve maiores dificuldades para acabar de afundar a Caldense, que, assim com o América, disputará o Módulo 2 em 2008. Ao fazer 3 a 0, o time da Toca confirmou sua superioridade junto aos demais e colocou cinco pontos à frente do segundo colocado na fase de classificação, o Atlético.
Além do placar folgado, é preciso destacar duas estréias na equipe. Os garotos Anderson e Guilherme, que brilharam na conquista da Copa São Paulo, fizeram sua primeira partida entre os profissionais, e não decepcionaram. Guilherme, inclusive, fez um dos gols. Ambos os jovens têm apenas 18 anos. Ainda é cedo para fazer qualquer previsão sobre suas carreiras, mas pelo futebol demonstrado, posso dizer que estão surgindo dois grandes jogadores.
Já o Atlético não teve a mesma sorte. Com uma equipe toda formada por reservas, o Galo foi a Valadares e perdeu por 2 a 0 para o Democrata, sua filial, que, por coincidência, enfrentará novamente o time da capital em um dos duelos da semifinal. Além da nítida falta de ritmo e de entrosamento, o “mistão” atleticano teve como adversário a limitação técnica de alguns jogadores. Se o time titular carece de melhorias, imaginem o reserva, que enfrentou uma equipe que brigava por vaga. Placar justo e resultado previsível.
O Tupi é a outra equipe classificada. Jogando em Juiz de Fora, o Galo Carijó passou um sufoco para despachar o Rio Branco, que também brigava por vaga. O gol de Leandro Guerreiro só saiu aos 32 minutos do segundo tempo. Os confrontos da fase semifinal ficaram assim:
Cruzeiro x Tupi
Atlético x Democrata-GV
Os times da capital jogam por dois resultados iguais. Façam suas apostas. A minha é que os grandes avançam, mas não serão duelos fáceis.
Após onze rodadas, restam, agora, quatro equipes na disputa pelo caneco. Já com a classificação garantida por antecipação, Cruzeiro e Atlético escalaram seus mistos para a última rodada.
No Mineirão, a Raposa não teve maiores dificuldades para acabar de afundar a Caldense, que, assim com o América, disputará o Módulo 2 em 2008. Ao fazer 3 a 0, o time da Toca confirmou sua superioridade junto aos demais e colocou cinco pontos à frente do segundo colocado na fase de classificação, o Atlético.
Além do placar folgado, é preciso destacar duas estréias na equipe. Os garotos Anderson e Guilherme, que brilharam na conquista da Copa São Paulo, fizeram sua primeira partida entre os profissionais, e não decepcionaram. Guilherme, inclusive, fez um dos gols. Ambos os jovens têm apenas 18 anos. Ainda é cedo para fazer qualquer previsão sobre suas carreiras, mas pelo futebol demonstrado, posso dizer que estão surgindo dois grandes jogadores.
Já o Atlético não teve a mesma sorte. Com uma equipe toda formada por reservas, o Galo foi a Valadares e perdeu por 2 a 0 para o Democrata, sua filial, que, por coincidência, enfrentará novamente o time da capital em um dos duelos da semifinal. Além da nítida falta de ritmo e de entrosamento, o “mistão” atleticano teve como adversário a limitação técnica de alguns jogadores. Se o time titular carece de melhorias, imaginem o reserva, que enfrentou uma equipe que brigava por vaga. Placar justo e resultado previsível.
O Tupi é a outra equipe classificada. Jogando em Juiz de Fora, o Galo Carijó passou um sufoco para despachar o Rio Branco, que também brigava por vaga. O gol de Leandro Guerreiro só saiu aos 32 minutos do segundo tempo. Os confrontos da fase semifinal ficaram assim:
Cruzeiro x Tupi
Atlético x Democrata-GV
Os times da capital jogam por dois resultados iguais. Façam suas apostas. A minha é que os grandes avançam, mas não serão duelos fáceis.
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