segunda-feira, 23 de abril de 2007

Exercício de adivinhação

Por Orozimbo Souza Júnior

Os jogos do final de semana definiram os finalistas dos principais campeonatos estaduais pelo país. Como não poderia deixar de ser, vou brincar de Mãe Diná e me arriscar a apontar os favoritos em alguns confrontos.

No Rio Grande do Sul, o sempre surpreendente Grêmio conseguiu reverter um 3 a 0 contra o Caxias e pegará o Juventude na decisão. Aposto no tricolor e ponto final.

No Paraná, a surpresa Paranavaí, da cidade de mesmo nome, despachou o Coritiba em pleno Couto Pereira e fará a decisão contra o Paraná Club, que bateu o Atlético na Arena da Baixada. Acho que os paranistas levam o caneco. Mas, na verdade, acompanho muito pouco o futebol paranaense, não sei como está a equipe do interior. Posso quebrar a cara.

Em São Paulo aconteceu a maior surpresa do ano. No Morumbi lotado, o São Caetano goleou o São Paulo por 4 a 1 e decidirá contra o Santos, que se classificou com dois empates sem gols contra o Bragantino. Acho que o Azulão já fez muito. Pelo segundo ano consecutivo, a taça deve ir para a Vila Belmiro.

Por fim, no Rio de Janeiro deveremos ter uma das disputas mais interessantes. Ontem, o Botafogo confirmou o bom momento e despachou o Cabofriense na decisão da Taça Rio. O time da estrela solitária duelará contra o Flamengo, campeão da Taça Guanabara. Tem tudo para ser um confronto equilibrado, com ligeiro favoritismo para o Fogão, que vive um melhor momento, com Lúcio Flávio, Dodô e Zé Roberto jogando muito. Além disso, o rubro-negro tem problemas de contusões no ataque.

Atlético e Cruzeiro disputam o caneco

Por Orozimbo Souza Júnior

Confirmando o favoritismo, os dois grandes da capital passaram por seus adversários e se pegam na finalíssima.

No sábado, apresentando um futebol burocrático, o Galo ficou no 1 a 1 contra o Democrata-GV e, como podia até perder por um gol, garantiu sua classificação. O time mostrou algumas falhas no sistema defensivo, e seu ataque pouco produziu. Levir Culpi repetiu o esquema com três volantes, que funcionou bem contra o Avaí, mas que não surtiu o mesmo efeito contra a Pantera. Ao que tudo indica, o sistema será mantido. De qualquer forma, o mais importante é que o Galo volta à final, após dois anos fora da decisão do estadual.

Ontem, foi a vez de a Raposa confirmar seu favoritismo contra o Tupi, no Mineirão, e assegurar sua vaga. Na fase de classificação, o Cruzeiro fez 6 a 2 no Carijó. Os 4 a 0 da semifinal ficaram de bom tamanho, uma vez que a equipe de Juiz de Fora entrou esfacelada na decisão, com quatro atletas suspensos e outros três dispensados após uma fracassada ameaça de greve. Se na fase de classificatória, em que o time da Zona da Mata estava mais inteiro, a Raposa passou de passagem, imagine com o adversário enfrentando tantos problemas. Classificação esperada e resultado justo.

O time da Toca tem uma vantagem considerável nesta decisão, a de jogar por dois resultados iguais, devido à melhor campanha. É um trunfo considerável, mas que, para mim, não é suficiente para apontar o time azul como favorito. A equipe teve altos e baixos na competição, e parece não ter encontrado, ainda, o melhor futebol. Já o Galo, que começou mal, recuperou-se e mostra avanços, mas longe de estar no ponto ideal. Não me arrisco, em hipótese alguma, a apontar quem deve ser campeão.