terça-feira, 8 de maio de 2007

O papagaio de pirata e o mau perdedor

Por Orozimbo Souza Júnior

Em toda decisão que atrai os holofotes, algumas manifestações culturais brasileiras se afloram. Após a confirmação do título, pelo Atlético, do Campeonato Mineiro, tivemos dois bons exemplos disso.

Primeiro, falemos do papagaio de pirata. O que será que o ex-presidente do Atlético, senhor Ricardo Guimarães, foi cheirar no gramado do Mineirão ao final da partida? Só faltou dar a volta olímpica junto aos jogadores. Vai ver, até fez isso, e eu não vi.

Não estranharia se ele dissesse que tem participação na conquista do Galo, assim como ele diz que construiu o CT, que saneou o clube e outras lorotas que a nossa mídia ama reverberar. Faça-me o favor. O senhor Guimarães, ao deixar a presidência do Atlético, deveria pedir à torcida o mesmo que pediu à população o saudoso ex-presidente da república João Figueiredo, ao sair do cargo: “apenas que me esqueçam”. Eu já fiz isso com os dois.

No outro vestiário, tivemos um péssimo exemplo do que é ser mau perdedor. O presidente do Cruzeiro, Alvimar de Oliveira Costa, atribuiu à arbitragem e o presidente “atleticano” da Federação Mineira o título do Galo. Me ajuda aí, como diz o outro. Se tiver um time prejudicado nessa decisão, esse foi o Galo.

No primeiro jogo, o juiz não marcou um pênalti claro de Ricardinho no meia atleticano Marcinho, deixou de expulsar o mesmo Ricardinho, após uma entrada criminosa ainda no primeiro tempo, sem contar dois impedimentos mal marcados, nos quais o Éder Luiz, do Atlético, sairia na cara do goleiro.

Como é de praxe, fica muito mais fácil atribuir responsabilidades do que assumir erros.

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