quarta-feira, 9 de maio de 2007

Geninho, quem diria...

Por Orozimbo Souza Júnior

Em 2002, o Atlético tinha um time de razoável para ruim. Entre outros, faziam parte do grupo de jogadores atletas do calibre de Batata, Gutierrez e Nem. Mesmo assim, o time conseguiu se classificar para as quartas-de-final do Campeonato Brasileiro daquele ano.

O grande responsável, de acordo com a crítica esportiva, foi o então treinador, o ex-goleiro Geninho, que era o atual campeão brasileiro, dirigindo o Atlético Paranaense, na brilhante campanha de 2001.

Sucesso entre a diretoria, crítica e torcida, ao final do ano, apesar de uma humilhante eliminação daquele campeonato pelo Corinthians, com uma derrota em pleno Mineirão com 80 mil pagantes por 6 a 2, seu contrato foi renovado, verbalmente, para o ano de 2003.

A diretoria, na época, fez um planejamento em cima do técnico. Renovou os contratos que ele pediu, contratou os jogadores que ele indicou e outras ações mais. Mas aí, veio o inesperado. Geninho, antes mesmo de se reapresentar, trocou o Atlético. Justamente pelo Corinthians. Em outras palavras, justificou-se dizendo que queria ir para um lugar em que tivesse mais visibilidade, mais projeção. Enfim, queria aparecer mais na mídia.

Isso, de fato, ocorreu. Poucos meses após assumir o sempre turbulento Corinthians, ele saia em quase todas as capas de jornais, com títulos mais ou menos assim: “Corinthians perde e Geninho é chamado de burro”, “Derrota coloca Geninho na corda bamba” e por aí vai. Coisas do nosso futebol. Sua passagem pelo Parque São Jorge durou pouco.

O mais interessante nessa história toda foi a postura do então diretor de futebol do Atlético, Alexandre Kalil. Indignado com a saída do treinador, disse que, enquanto estivesse no Atlético, não permitiria a Geninho nem sequer o direito de passar na porta do Clube. E foi além, em tom de praga, disse que o técnico teria “tiro” curto no futebol.

Nada como o passar do tempo. Com a recém saída de Levir Culpi do comando do Alvinegro, o nome mais próximo da Cidade do Galo é o de Geninho. E, pasmem, informações que saíram na imprensa dão conta que Alexandre Kalil tem/teve papel importante nessa reaproximação. Quem diria...

Caso seja confirmado, resta-nos torcer para que as coisas se acertem. Fiz um exercício de memória, tentando lembrar títulos conquistados por Geninho. De expressão, só me recordei do Brasileirão de 2001. Tomara que dê certo.

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