quinta-feira, 1 de março de 2007

Não vi e não gostei

Por Rodrigo Rodrigues

Acabo de saber o resultado do segundo jogo entre Cruzeiro e Veranópolis, válido pela Copa do Brasil. Em pleno Mineirão, contra uma inexpressiva equipe, dentro e fora de campo, o time mineiro se classifica com o placar mínimo: 1 a 0. Isso, após ter empatado por 0 a 0 no Rio Grande do Sul. Confesso que não assisti ao jogo de ontem, mas, mesmo assim, não gostei.

Contudo, temos de reconhecer que a diretoria cruzeirense tem um grande aliado nas suas fileiras. Os principais setores da imprensa mineira enaltecem qualquer asneira ou factóide plantado pelos Perrellas com o objetivo de desviar a atenção dos torcedores, a verdadeira massa, às vezes acéfala, para as carências da equipe.

Após a derrota no clássico, por exemplo, a imprensa noticiou que a “volta do meia Alex é praticamente certa”. Bastou isso, para os torcedores se esquecerem de que o time havia sido goleado pelo seu principal adversário. Sucesso de administração e propaganda. Por sua vez, dentro de campo, basta saber quantos lados tem uma bola, (dois: o de dentro e o de fora) para concluir que o Cruzeiro precisa melhorar, e muito, para não repetir a vexatória campanha de 2006.

Faltam à equipe um zagueiro para o lugar do inepto e inapto André Luis, (tínhamos aqui em Minas o excelente Willian, hoje titular absoluto do Grêmio) um meia (Giovane não é o nome. É afobado, corre demais com a bola e o pior: não tem qualidade técnica suficiente e/ou apropriada para assumir essa posição) para assumir o meio-campo cruzeirense ao lado do, até então, improdutivo Marcinho e um atacante que tenha um pouco mais de mobilidade de um “Boneco de Olinda”/’Bonecão do Posto” (Por que não dar uma chance para o Diego Silva? Para que trazer Pedro Júnior e Nenê?).

Outro fato que muito me incomoda no Cruzeiro é o status imerecido atribuído ao Kerlon. Para mim, fruto de mais uma jogada de marketing cruzeirense, dessa feita sem êxito, para trocá-lo por dólares ou euros. O menino pode ser muito bom para a sua idade. Destacou-se na seleção brasileira sub-17 e virou mania nacional por causa do malabarismo que faz com a bola. Mas, desde que o subiram precoce e interessadamente para o profissional, nunca apresentou nada.

No entanto, bastou fazer um belo gol contra o Ituiutaba para tentarem ressuscitá-lo. Menos, por favor!!! O “craque” demorou quase dois anos para marcar um golzinho nos profissionais, mas teve jornalista que, após a sua “grande” atuação contra o time do pontal do Triângulo, sentenciou que o jogador “vive o seu grande momento”. No entanto, até hoje não sei qual é a posição do Kerlon.

Mas isso não é importante. O que vale é fechar os olhos (dos outros), colocar a mão na caneta e enganar a massa.

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