Por Orozimbo Souza Júnior
O Blog do Juca traz uma discussão interessante sobre o que aconteceu com o zagueiro Renato Silva, que caiu no antidoping, após uma partida em que defendeu o Fluminense.
O exame do atleta apontou uso de droga, e o zagueiro, que não conseguiu se acertar desde que trocou a Gávea pelas Laranjeiras, deverá ter seu contrato rescindido. Um absurdo.
A abordagem muito bem feita por Juca Kfouri lembra que, no nosso país, a lei anti-droga trata o dependente químico como doente, não como marginal. Com isso, quem é usuário deve ter sua imagem preservada, ao contrário do que aconteceu com o jogador, que teve seu caso amplamente divulgado e explorado na mídia.
Em um momento como esse, o clube poderia dar um grande exemplo, oferecendo amparo ao atleta. Mas não o fez, lamentavelmente. Lamentável também foi o comportamento da imprensa, que pouco ou nada se preocupou em preservar Renato, como prevê a lei.
O blog ainda lembra que casos semelhantes, nos Estados Unidos, terminam em processo, com ganho de causa para os atletas. Se Renato Silva tiver um bom advogado, poderá receber uma bela indenização, tanto de quem divulgou seu caso, quanto de quem o explorou.
sexta-feira, 23 de março de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
isso aí, concordo com vc, se o jogador processar o time, vai tirar uma grana e ainda mostrar para outras pessoas que o time agiu muito errado...
até mais....
Quem disse que o jogador é dependente químico?
Se for mesmo, deve então ser "encostado" pelo INSS, como qualquer trabalhador que não pode desenvolver suas atividades regularmente.
Duvidoso é achar que um clube de futebol, esporte que supostamente é praticado por gente saudável, deve manter um sujeito parado por 2 anos, porque ele, fora do ambiente de trabalho, resolveu fumar maconha, fato que sabidamente poderia lhe gerar o gancho.
Belo exemplo para o resto do elenco: não vai faltar nego querendo saber onde fuma um para passar umas férias remuneradas.
Circunstância completamente distinta é a do jogador que se contunde no ambiente de trabalho (treinamento, partidas, etc.), que deve ter todo o apoio de seu empregador.
Mais ainda: a notícia do dopping me parece ser pública, divulgada pelo órgão ou comissão competente da CBF (ou da Federação do Rio, sei lá). Ou seja, basta ler o relatório, nota de imprensa, ou algo que o valha, divulgado pela própria entidade para saber o que houve.
O que vocês queriam? Que a imprensa desse a notícia da seguinte forma: "jogador do fluminense é suspenso por dopping, devido ao uso de uma substância proibida que não podemos dizer qual?"
Por que, então, não defendemos que as acusações de corrupção contra políticos devem ser mantidas em sigilo até o fim das apurações e julgamento do processo?
Postar um comentário