Por Guilherme Ibraim
O anúncio do atacante palmeirense Edmundo, sobre uma possível aposentadoria do futebol, após o empate por 2 a 2 com o Guaratinguetá, mostrou como os jogadores de futebol só agem em prol de seus interesses. O “animal”, já experiente no trato com a imprensa, fez uso da empatia com a torcida do Palmeiras para esquivar-se da sua parcela de culpa pelas recentes atuações da sua equipe, e tentou creditar aos diretores do clube a tentativa de aposentá-lo.
Rapidamente e corretamente, a diretoria do Palmeiras disse que, caso haja uma proposta pelo jogador, e ele queira sair do clube, ela será prontamente aceita, não como forma de desfeita com o atleta, mas como prêmio pela sua história em Parque Antártica. Mais do que isso, a diretoria já avisou que não pretende renovar, neste momento, o contrato do jogador, que termina ao final deste ano. Sinal de racionalidade, levando-se em conta a idade do atleta e a relação custo-benefício de mantê-lo no Palmeiras.
Á diretoria, os parabéns pela sensatez e compreensão de que o Palmeiras passa por dificuldades financeiras e não pode se dar ao luxo de manter um salário alto, como o do “animal”, sem saber se ele manterá sua condição física e técnica impecáveis para ajudar a equipe. Para Edmundo, que fique de lição que a demagogia, assim como na política, tem duração curta.
Choros, entrevistas bombásticas, agressões, silêncios e grosserias sempre fizeram parte do arsenal do atleta, para colocar-se ao lado da torcida e tentar desviar as atenções dos menos avisados às peripécias do jogador. Desta vez, os rugidos do animal não atormentaram o resto dos bichos. A focinheira foi colocada em tempo.
terça-feira, 10 de abril de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário