segunda-feira, 5 de março de 2007

O medo de perder tirou a chance de ganhar

Por Orozimbo Souza Júnior

Não gosto de usar frases feitas, mas no futebol é difícil abrir mão delas para fazer alguma análise. E é justamente uma idéia pronta a melhor descrição para o que ocorreu no jogo de ontem entre Cruzeiro e América, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro.

Com um começo muito bom, o Coelho foi pra cima da Raposa, teve boas oportunidades e, logo aos 12 minutos, abriu o placar no belo gol de Fabrício Soares.

A partir daí, o que se viu foi recuo desnecessário do América, que partiu para garantir o resultado muito cedo e deixou de acreditar que poderia marcar mais gols. Ao abdicarem do jogo, os americanos chamaram o Cruzeiro, que, mesmo sem demonstrar um bom futebol no primeiro tempo, começou a tomar conta da partida.

Percebendo que o propósito do América era apenas garantir o 1 a 0, o time da Toca voltou com tudo para o segundo tempo e em apenas cinco minutos já havia conseguido virar o marcador para 2 a 1, além de desperdiçar outras oportunidades.

Acuados, dessa vez pelo melhor futebol dos celestes, os americanos só voltaram a criar uma chance nos acréscimos do jogo, quando o zagueiro Gladstone teve que parar com falta (e acabou expulso) uma jogada que fatalmente terminaria no gol dos 2 a 2. Na cobrança frontal, o meia do América Donizeti Amorim jogou para fora a última possibilidade de resultado melhor.

No fim das contas, o placar premiou a superioridade do Cruzeiro, que garantiu a liderança do campeonato, e puniu a covardia do América, que está na lanterna da competição.

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